“Mesmo com um cenário desafiador pela frente, com tensões geopolíticas, conflitos recentes, eleições próximas e condições econômicas e financeiras ainda incertas, os Conselhos estão avistando oportunidades de crescimento e apoiando as companhias a tomar decisões rápidas e alinhadas com os seus valores em um ambiente volátil. Parte dessa agilidade e resiliência, que estão sendo requisitadas na gestão dos negócios, é motivada também pelo uso de tecnologias disruptivas, incluindo, a inteligência artificial generativa”, diz Andréa Fuga, sócia-líder de Avaliações, Modelagem e Consultoria Econômica da EY para América Latina.
Na sexta posição do ranking, 49% dos(as) conselheiros(as) respondentes classificaram desenvolvimentos regulatórios como um tema prioritário, ante 43% da última edição. “À medida que as demandas regulatórias estão mudando nas Américas, como a obrigatoriedade das divulgações de sustentabilidade, as regulamentações para uso da Inteligência Artificial em discussão internacional, as leis de uso de dados, entre outros, espera-se que as organizações acompanhem essa evolução, revisando suas políticas e adotando as melhores práticas de transparência e governança”, explica Andréa Fuga.
O risco político (45%) é a sétima prioridade dos Conselhos, apresentando o maior salto em priorização, com uma diferença de 16 pontos percentuais em comparação com a edição passada. Para fechar a lista de 2024, os tópicos cadeia de suprimentos (30%) e mudanças climáticas e gestão ambiental (30%) apresentaram queda entre as prioridades dos Conselhos, ambas correspondiam a 38% em 2023.
Áreas que os Conselhos precisam de mais tempo e informações
A pesquisa procurou saber também se os Conselhos de Administração estão dedicando tempo e obtendo informações e recursos suficientes para uma supervisão eficaz. Apesar de mudanças climáticas e gestão ambiental e riscos políticos terem ficado na parte de baixo da lista de prioridades, os conselheiros pesquisados indicaram que gostariam de ter mais tempo, informações e recursos para dedicar a essas áreas.
“Os membros de Conselhos querem avançar em assuntos ligados às mudanças climáticas e gestão ambiental, tópico que se tornará cada vez mais comum dentro da agenda ESG das empresas. Os conselheiros querem apoiar as empresas para que estas encontrem diferenciais competitivos em um mercado que precisa conciliar lucratividade com governança ambiental, social e corporativa”, complementa Andréa Fuga.