A inteligência pervasiva é o uso de ferramentas baseadas em IA para conectar e colaborar em uma variedade de sistemas. Ela pode ser aplicada ao design de semicondutores, negócios, saúde e muito mais. Para as empresas, a transição para a era da inteligência pervasiva representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. Aqui estão algumas maneiras pelas quais as empresas podem aproveitar as tecnologias emergentes para se preparar e prosperar nessa nova era:
1) Adoção de plataformas 5G+
O conceito de 5G+ vai além da simples conectividade melhorada. Ele representa uma mudança arquitetônica fundamental que integra a computação em nuvem às redes de conectividade e a move para a borda. As empresas devem considerar:
- Implementação de redes privadas: Estabelecer redes 5G privadas para garantir conectividade confiável e de baixa latência em ambientes industriais.
- Computação de borda: Utilizar edge computing para processar dados perto da fonte, reduzindo a latência e melhorando a eficiência.
- APIs abertas: Desenvolver e utilizar APIs abertas para criar um ecossistema de aplicativos empresariais que aproveitem todo o potencial das redes 5G+.
2) Integração de IA e aprendizado de máquina
A IA e o machine learning são fundamentais para a realização da inteligência pervasiva. Com isso, as empresas podem adotar os seguintes pontos:
- Automação inteligente: Implementar sistemas de IA para automatizar processos complexos e tomar decisões em tempo real.
- Análise preditiva: Utilizar algoritmos de aprendizado de máquina para prever tendências de mercado, comportamento do consumidor e manutenção preventiva.
- Personalização em escala: Oferecer experiências personalizadas aos clientes usando IA para analisar grandes volumes de dados.
3) Desenvolvimento de gêmeos digitais
Os gêmeos digitais são representações virtuais de objetos ou sistemas físicos que podem ser usados para simulação e otimização. As empresas podem:
- Otimizar processos: Criar gêmeos digitais de linhas de produção ou cadeias de suprimentos para identificar ineficiências e testar melhorias.
- Manutenção preditiva: Utilizar gêmeos digitais de equipamentos para prever falhas e otimizar a manutenção.
- Desenvolvimento de produtos: Acelerar o ciclo de desenvolvimento de produtos usando simulações baseadas em gêmeos digitais.
4) Implementação de sistemas de IoT
A Internet das Coisas é crucial para coletar dados do mundo físico. As empresas devem focar em:
- Sensores inteligentes: Implantar sensores avançados para coletar dados em tempo real sobre operações, ambiente e comportamento do cliente.
- Análise de dados em tempo real: Utilizar plataformas de análise de big data para processar e extrair insights dos dados coletados pelos dispositivos IoT.
- Interoperabilidade: Garantir que os sistemas IoT possam se comunicar e integrar-se perfeitamente com outras tecnologias e plataformas.
5) Adoção de arquiteturas de nuvem híbrida e multinuvem
Para suportar a inteligência pervasiva, as empresas precisam de infraestruturas de TI flexíveis e escaláveis:
- Nuvem híbrida: Combinar recursos de nuvem pública e privada para otimizar desempenho e custos.
- Multinuvem: Utilizar serviços de múltiplos provedores de nuvem para evitar dependência de um único fornecedor e aproveitar as melhores ofertas de cada um.
- Orquestração de contêineres: Implementar tecnologias como kubernetes para gerenciar e escalar aplicações em ambientes de nuvem distribuídos.
6) Foco em segurança cibernética e privacidade
De acordo com o relatório “Navigating Cyber Resilience in the Age of Emerging Technologies”, do Fórum Econômico Mundial, mais de 200 tecnologias críticas e emergentes vão expandir rapidamente os potenciais pontos de entrada para ataques cibernéticos. Isso destaca a importância de uma abordagem proativa para a segurança cibernética na era da inteligência pervasiva.
Assim como a IA e outras tecnologias, a inteligência pervasiva, por sua própria estrutura e proliferação de dispositivos conectados, aumenta consideravelmente a superfície de ataque para cibercriminosos. Os ataques podem explorar vulnerabilidades em dispositivos e sistemas interconectados para realizar ataques mais sofisticados, como:
- Criação de malwares avançados que se adaptam dinamicamente.
- Automatização de ataques em larga escala.
- Bypass de sistemas de detecção usando técnicas de IA.
Isso faz com que a segurança cibernética se torne ainda mais crítica:
- Segurança por Design: Incorporar princípios de segurança desde o início no desenvolvimento de produtos e sistemas.
- Criptografia avançada: Implementar técnicas de criptografia de ponta a ponta para proteger dados em trânsito e em repouso.
- Gestão de identidade e acesso: Utilizar tecnologias como autenticação multifator e controle de acesso baseado em contexto.
*Esta é uma versão adaptada do artigo publicado inicialmente no The Shift.