Empresas veem melhorias operacionais, produtividade e custos como principal desafio interno

As empresas que atuam no Brasil consideram melhorias operacionais, produtividade e custos, com 34% das respostas, e crescimento da participação de mercado, com 30%, como os principais desafios internos nos próximos três anos, de acordo com a pesquisa “Desafios e Tendências das Empresas em LATAM 2025”, produzida pela EY. No total, foram entrevistados 1.720 executivos nos cargos de diretores e C-Levels de diversos setores e países latino-americanos, como Argentina, Chile, Colômbia e México. A amostra brasileira é formada por 207 respondentes.

A terceira posição ficou com tecnologia e transformação digital, que recebeu 26% da preferência – aumento de cinco pontos percentuais em relação ao ano passado. “As empresas já perceberam que o avanço tecnológico possibilita melhorias na operação, ganho de produtividade e redução de custos. Ao serem bem-sucedidas nesse processo, a chance de obterem ganho de mercado é maior. Por isso, as três primeiras posições apontadas pelo estudo estão interligadas”, avalia Victor Guelman, sócio-líder de market e business development da EY Brasil. 

Outro fator relevante está na centralidade da estratégia e transformação do negócio, que obteve 23%, ocupando a quarta colocação – avanço de dois pontos percentuais da última edição para esta. “A estratégia dos negócios está muito ligada atualmente à forma como se transforma frente aos inúmeros desafios impostos pelo mercado”, completa o executivo. Os quatro primeiros colocados são todos iguais ao considerar o ranking da América Latina como um todo, o que demonstra uma percepção em comum dos executivos que atuam na região sobre os desafios internos dos próximos anos. 

A quinta e sexta posições ficaram com “clientes: gestão, experiência e qualidade do serviço”, com 18% das respostas (crescimento de um ponto percentual em relação ao ano passado), e “liquidez, gestão financeira e controle interno”, com 18% – evolução de sete pontos percentuais. Novos produtos e serviços, com 18% (três pontos percentuais a menos do que no ano passado), completam a lista.

Áreas ou atividades prioritárias

Quando perguntados sobre as áreas prioritárias de cada desafio interno escolhido, 59% dos executivos da amostra brasileira escolheram, para melhorias operacionais, produtividade e custos, o avanço em termos de produtividade, eficiência e eficácia dos colaboradores. Na sequência, ainda em relação a esse desafio, com 44% das respostas, a redução e controle de custos, otimização do uso de recursos e gestão de fornecedores. Na terceira posição, duas áreas ficaram empatadas com 36%: “modernização e automatização de processos” e “otimização, eficiência e padronização de processos”. Para o desafio de crescimento em participação de mercado, o principal aspecto mencionado foi a identificação de oportunidades, priorização e definição da estratégia, com 68% das respostas. Na sequência, os entrevistados escolheram desenvolvimento de novos produtos e serviços, com 49%, seguido de capacidade das operações e escalabilidade, com 43%.

Por fim, para tecnologia e transformação digital, a atividade principal foi a definição de uma estratégia, priorização de iniciativas e plano de transformação digital com objetivos claros e mensuráveis, com 46% da preferência. Na sequência, a implementação e integração de plataformas, sistemas e tecnologias, com 33% das respostas, assim como, com a mesma porcentagem, a promoção de uma cultura digital, formação de habilidades e gestão de mudanças.