2. Experimentar ecossistemas de plataformas para revolucionar o mercado
As empresas se encontram, concorrem e fornecem serviços em plataformas de nuvem conectadas globalmente, transformando a nuvem em um mercado gigante, em que todos os ingredientes para o desenvolvimento de novas soluções estão prontamente disponíveis. Em vez de um processo linear, a inovação em plataformas de nuvem é um processo em que vários parceiros cooperam simultaneamente. Ao pensar maior, colaborar com terceiros, organizar-se em torno de objetivos comuns e potencializar tecnologias como blockchain, Web3 e o metaverso, os parceiros de inovação podem multiplicar a velocidade e o alcance dos resultados dessa inovação. As empresas de tecnologia devem explorar essas oportunidades, buscar aliados, institutos de pesquisa e concorrentes e formar parcerias para causar ruptura nos modelos de negócios existentes, mesmo que isso os coloque em competição com seus próprios negócios legados.
3. Dobrar as apostas na localização, ainda que isso tenha um custo
Para lidar com os riscos estruturais de conflitos geopolíticos e desastres naturais na cadeia de abastecimento, os esforços realizados no ano passado para criar redundâncias na cadeia de abastecimento não serão suficientes. Faz-se necessária uma grande reformulação, pois o setor precisa disseminar sua presença setorial em diversas áreas geográficas. Uma pesquisa recente da EY revelou que 78% dos executivos de tecnologia estão pensando em desacoplar sua cadeia de suprimentos, incluindo nearshoring (processo de aproximação das cadeias produtivas) e reshoring (internalização das cadeias produtivas). Isso requer grandes investimentos nos próximos anos que, inevitavelmente, levarão a aumentos substanciais de custos. As empresas não podem ser dissuadidas por conta desses custos adicionais. Elas serão apoiadas por regulamentação e patrocinadas por governos que fornecem financiamento e isenções fiscais. Também serão recompensadas por clientes dispostos a pagar um prêmio para reduzir sua dependência de áreas geográficas geopoliticamente instáveis.
4. Priorizar a sustentabilidade ambiental
Embora todos os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) sejam importantes na agenda corporativa, os profissionais da EY acreditam que no próximo ano o setor de tecnologia será o mais impactado pela sustentabilidade ambiental. As empresas de tecnologia e não-tecnologia devem cumprir a regulamentação vigente sobre a divulgação de emissões de carbono e riscos de mudanças climáticas e evitar penalidades de tributação relacionadas às emissões. Para fins de relatório, toda a cadeia de suprimentos será relevante para incluir as emissões de escopo 3 de todos os fornecedores. Para fornecedores de tecnologia, isso significa que operar data centers com energia renovável ou reduzir a pegada ambiental de seu hardware levará a uma vantagem competitiva porque isso reduz as emissões em toda a cadeia de suprimentos. Além disso, com os preços atuais da energia e uma luta pelos metais e minerais raros da Terra, o retorno dos investimentos em eficiência energética, redução de emissões de carbono e esforços de reciclagem é elevado.