A defesa de um investimento responsável

O conselho de administração não-executivo de um dos principais proprietários de ativos do Reino Unido nos pediu para avaliar como a adoção de uma estratégia de investimento responsável poderia afetar o desempenho do fundo.

Os proprietários e gestores de ativos estão atualmente sob pressão dos reguladores e clientes para integrar fatores ESG em seu processo de tomada de decisão de investimento. O regulamento em perspectiva inclui o Plano de Ação da UE sobre Financiamento Sustentável e recomendações do Grupo de Trabalho sobre Divulgações Financeiras Relacionadas com o Clima, que Mark Carney, Governador do Banco de Inglaterra, pretende tornar obrigatório.

Nosso cliente não tinha uma estratégia de investimento responsável abrangente, embora seu gestor de ativos já tivesse desenvolvido uma série de fundos e produtos ESG. O cliente queria que fornecêssemos uma análise objetiva dos efeitos prováveis do desenvolvimento dessa estratégia; que comparássemos seu desempenho com o de seus pares e identificássemos lacunas; e que recomendássemos um caminho para nos tornarmos líderes no campo.

“Os negócios estavam vendo muita atividade de mercado em torno do ESG”, explica Simon Abrams, EY UK & Ireland ESG e chefe de suporte a transações EHS.“ Eles estavam cientes de que seus colegas estavam seguindo em frente, que os regulamentos estavam chegando e que os clientes estavam cada vez mais fazendo perguntas. Ignorar isso não era uma opção.

Nossa primeira tarefa foi comparar o desempenho do negócio com o de seus pares, em suas principais classes de ativos (ações, renda fixa e imóveis), para que ele pudesse levar em conta as práticas de mercado ao definir sua direção futura. Realizamos uma análise documental das divulgações públicas dos proprietários de ativos e dos gestores de ativos, para entender em que atividade eles estavam envolvidos e quais eram suas prioridades. Os resultados mostraram que nosso cliente estava significativamente atrás da curva, embora seu gestor de ativos estivesse ativo no investimento em ESG.

Em seguida, examinamos uma série de fundos e estratégias para determinar se a integração do ESG em fundos reduziria o retorno do investimento ou aumentaria o risco. Nossa conclusão da análise foi que não houve prejuízo líquido para o desempenho; na verdade, vários relatórios destacaram um grau de desempenho superior.

"Olhamos para toda uma gama de dados, tanto de estudos acadêmicos quanto de estudos de analistas de mercado realizados por bancos", diz Abrams. "É provavelmente a mais extensa avaliação de dados de mercado que já vi. O conselho achou a nossa análise persuasiva - era muito importante para eles terem uma visão independente e externa que não fosse ideologicamente influenciada".

Finalmente, apresentamos uma escala de maturidade e sugerimos que a empresa deveria estar em uma posição "avançada" dentro de 18 meses. Poderia, então, explorar as implicações comerciais da mudança para uma posição de "liderança".

Com base nas nossas descobertas, o conselho estava confiante em seguir em frente. Com o nosso apoio, o próximo passo da empresa é desenvolver uma política de investimento responsável, que incluirá áreas como a sua abordagem às alterações climáticas, como comunica as suas atividades e se integra o ESG explicitamente nas opções de fundos.

Ao tomar medidas pró-ativas para integrar ESG em seus processos, o negócio estará bem posicionado para aproveitar as oportunidades de mercado significativas e criar valor sustentável para os clientes.

"ESG e valor a longo prazo são duas faces da mesma moeda", explica Abrams. "Significa que você está considerando como o mundo está mudando e como essas mudanças afetarão seu negócio."

Além de uma legislação rígida e diretrizes baseadas no mercado entrando em vigor, os clientes estão se tornando cada vez mais francos sobre questões como mudanças climáticas, uso excessivo de plásticos na cadeia de suprimentos e escravidão moderna. As empresas que têm uma abordagem bem pesquisada e responsável a estas questões estão preparadas para atrair novos negócios, melhorar a sua reputação corporativa e melhorar o desempenho.

Por que EY?

Ao longo das últimas duas décadas, desenvolvemos uma visão crítica das políticas de ESG, com base na nossa experiência de trabalho com gestores de investimento líderes nas áreas de investimento responsável, risco reputacional e estratégia de mudanças climáticas.

Abrams passou cinco anos como analista de investimentos socialmente responsável antes de ingressar na EY, e tem um conhecimento profundo do assunto. Além disso, dois membros da equipa do projecto responsável pela execução do projeto no terreno têm uma grande experiência nesta área.

"Esse conjunto de habilidades em consultores ainda não é tão comum", diz Abrams. "A experiência de nossa equipe, bem como a oferta da EY aos gerentes e proprietários de ativos, é única no setor. O nosso cliente tinha confiança de que sabíamos do que estávamos falando e era capaz de manter o nosso próprio debate com os seus não executivos, que eram particularmente conhecedores. Também se sentiram confortáveis com o nosso estilo colaborativo."