FESG +: por que o ESG, hoje, não é suficiente?

Por EY Brasil

Ernst & Young Global Ltda.

2 Minutos de leitura 30 nov 2021
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É preciso conectar as divulgações financeiras ao ESG, para orientar escolhas estratégicas, impulsionar a inovação e criar valor no longo prazo.

Projeta-se que os ativos sob gestão com foco em ESG atinjam um valor de US$ 53 trilhões até 2025 e, ainda que os temas ambientais, sociais e de governança corporativa sejam cada vez mais imperativos para o sucesso dos negócios, a verdade é que o ecossistema ESG ainda é imaturo. É o que aponta nosso estudo global Como realizar todo potencial do ESG +.

Hoje, as empresas podem relatar suas ações de forma seletiva, enquanto só algumas estão mais próximas das melhores práticas de mercado, confundindo investidores e causando desconfiança em outros stakeholders, que vêm, inclusive, acusando empresas de greenwashing.

O conceito FESG + chega para calibrar a balança, conectando as divulgações financeiras ao ESG e garantindo a avaliação assertiva dos custos e oportunidades de negócios, apoiando as empresas a repensarem como usam ESG para informar escolhas estratégicas, impulsionar a inovação e articular a criação de valor no longo prazo.

Nesse sentido, apesar da imaturidade, inconsistência e desequilíbrio entre os muitos fatores que compõem o ESG, uma evolução mais rápida é possível.

 

Cinco ações a serem tomadas, com base em melhores informações

Envolva-se com os stakeholders: pesquisas anteriores mostraram que a pressão de clientes, funcionários e ativistas aumenta a transparência dos relatórios de sustentabilidade, mas ações e mudanças tangíveis também estão em alta.

Envolva-se com a pressão do investidor: os investidores estão cada vez mais impacientes em exigir mudanças estratégicas. Hoje, 89% dos investidores institucionais nos principais mercados dizem que as empresas com forte desempenho ESG merecem uma avaliação premium para o preço de suas ações e 90% concordam que as empresas que priorizam iniciativas ESG representam melhores oportunidades para retornos de longo prazo, em comparação com as empresas que não o fazem.

Tenha sua narrativa FESG +: as empresas podem se preparar para os tipos de divulgação que serão exigidos e para aqueles que atenderão melhor às suas partes interessadas. As divulgações estabelecidas e apoiadas pela iniciativa WEF IBC são um bom ponto de partida. As empresas também têm a oportunidade de definir como alvo, medir e relatar fatores que vão além do comprometimento net zero, como parte de sua narrativa única.

Entenda seus dados: assim como crescem as demandas por garantia independente de dados não financeiros, também cresce a necessidade de as empresas melhorarem a maneira como coletam, agregam e assumem a responsabilidade de gerenciamento por seus próprios dados. Se os dados forem usados ​​no diálogo formal com investidores e outras partes interessadas ou na avaliação da remuneração dos executivos, sua veracidade torna-se ainda mais importante.

ESG não é uma atribuição apenas do time de Sustentabilidade: para incorporar com sucesso os fatores FESG + nas decisões em todas as partes da organização, do desenvolvimento da estratégia à execução, da inovação de novos produtos à fabricação e distribuição, serão necessários novos modelos de liderança que permitam às empresas abraçar a complexidade e responder ao desafio de forma eficaz.

Resumo

Apesar de o ESG ser cada vez mais imperativo para o sucesso dos negócios, seu ecossistema ainda é imaturo. O conceito FESG + chega para conectar as divulgações financeiras ao ESG, garantindo a avaliação assertiva dos custos e oportunidades de negócios e orientando empresas a conduzirem o ESG de forma estratégica. 

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