Mais de sete a cada dez entrevistados (76%) da Geração Z utilizam a inteligência artificial na sua vida pessoal e no trabalho, de acordo com o estudo “How can we upskill Gen Z as fast as we train AI?”, elaborado pela EY em parceria com a Microsoft. Essa porcentagem contempla aqueles que estão experimentando (61%) a IA, chamados pela pesquisa de usuários variados, em alguma ou algumas das oito atividades monitoradas e os que utilizam a IA (15%), denominados super usuários, em todas essas atividades em uma frequência diária, semanal ou mensal. Há, ainda, os chamados retardatários, o equivalente a 24% do total, que são aqueles que não utilizam ou raramente utilizam (uma vez por mês ou uma vez ou outra) a IA nas atividades monitoradas.
No próximo ano, 58% dos entrevistados disseram que esperam aumentar bastante ou um pouco o uso da IA na sua vida profissional, enquanto 51% têm essa mesma percepção em relação à sua vida pessoal. A amostra global do estudo é formada por 5.218 entrevistados – 10% deles provenientes do Brasil. Sobre a situação econômica, 59% disseram que têm a mesma de outras pessoas de sua idade residentes no país. Em relação à idade, a amostra vai dos 17 aos 27 anos. Por falar nisso, a Geração Z – nascida entre 1997 e 2007 – está agora em grande número entrando na universidade e na força de trabalho. A projeção é que, até 2030, chegue a 30% da força de trabalho, trazendo transformações na dinâmica corporativa.
Considerando a amostra como um todo, os principais benefícios enxergados no uso da IA são, para 58% dos entrevistados, poupar tempo em atividades repetitivas, vindo, na sequência, analisar com eficiência volume expressivo de dados (53%). Por fim, com 41% das respostas, a redução do erro humano em processos importantes.
A Geração Z também foi perguntada sobre os maiores riscos, com 43% apontando o crescimento do desemprego estrutural devido à substituição do homem pela IA, e outros 43% escolhendo a redução da criatividade e do aprendizado humanos. Na sequência, com 39% da preferência, o terceiro risco mais mencionado foi a geração de falsa informação e conteúdo que acabam sendo levados a sério.
Atividades monitoradas
No grupo da vida profissional, as atividades monitoradas pela pesquisa foram criar ou editar conteúdo; gerar novas ideias; ajudar a aprender uma nova habilidade para propósito educacional ou de trabalho; e ajudar a aprender sobre um assunto para propósito educacional ou de trabalho. Já no grupo da vida pessoal, as seguintes atividades foram monitoradas: explorar o que a IA generativa pode fazer sem um objetivo em mente; buscar alguma melhora ou ajuda na minha vida pessoal; criar ou editar conteúdo; e ajudar a aprender sobre um assunto ou habilidade para interesse pessoal.
No grupo ligado à profissão, os entrevistados responderam que usam diariamente a IA para ajudá-los a aprender sobre um assunto para propósito educacional ou de trabalho, com 14% da preferência. Na sequência, com 12%, para ajudá-los a aprender uma nova habilidade para propósito educacional ou de trabalho. Já no grupo da vida pessoal, a resposta mais escolhida para a frequência diária foi ajudar a aprender um assunto ou habilidade para interesse pessoal, com 12%, seguida de criar ou editar conteúdo, com 11%. Por outro lado, como nunca utilizadas, apareceram explorar o que a IA generativa pode fazer sem um objetivo em mente, com 26%, e criar ou editar conteúdo, com 24%.
A inteligência artificial tem sido cada vez mais utilizada pelas empresas para inovar e tornar mais produtivo o dia a dia dos seus negócios. Há, no entanto, diversas dúvidas sobre como desenvolver e operacionalizar esses sistemas evitando os riscos que podem comprometer os resultados financeiros e a reputação das organizações. Nesse contexto, a EY lançou a série “IA aplicada aos negócios: Como utilizar essa tecnologia com segurança e governança para gerar inovação”, que, além desta reportagem, já publicou as seguintes:
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