Capítulo 1
Como você se manterá à frente da ruptura?
Cenários em mudança e uma perspectiva econômica desafiadora exigem estratégias de transformação conscientes e intencionais.
Complexidade é o nome do jogo, dado que as organizações lidam com um mundo mudado. Este ano, verificamos de que forma os CEOs estão se preparando para os desafios contínuos por meio de novas estratégias, planos de investimento revisados e uma visão cautelosa, mas otimista, do metaverso.
Proteja o crescimento futuro
Nossa pesquisa CEO Outlook de outubro de 2022 revelou que os CEOs pretendem transformar suas organizações para ficar à frente da ruptura até 2023 e para os próximos anos, ao mesmo tempo em que lidam com uma série de desafios novos e pré-existentes. As empresas líderes estão se mantendo firmes em planos de investimento transformacionais - ou formulando novas estratégias para navegar na nova complexidade. Estão buscando reformular sua estratégia, adaptando ativamente seu portfólio, ecossistema e operações globais para se posicionar em um ambiente em rápida evolução. CEOs comprometidos com a compra, construção e parcerias estão tomando decisões ousadas e investindo para criar valor sustentável de longo prazo.
Leia mais: Como manter firmeza no investimento com o aumento da inflação
Considere o metaverso...
O metaverso está prestes a se tornar a próxima fronteira da experiência humana, exigindo uma abordagem totalmente nova para todas as esferas da atividade das pessoas. Empresas, governos e a sociedade em geral precisarão antecipar o impacto e as implicações para uma ampla gama de stakeholders e fazerem seus projetos de forma condizente com esse movimento. Os reguladores, já lidando com as implicações das atuais tecnologias digitais, verão o metaverso ampliar esses desafios e introduzir novos. Embora não possamos imaginar totalmente a gama de benefícios ou riscos que surgirão, fica claro que estamos prestes a entrar em uma nova e fascinante dimensão da experiência humana.
Leia mais: Metaverso: 5 perguntas que moldam a próxima fronteira da experiência humana
… e suas implicações comportamentais
Em uma profunda reinvenção da tecnologia voltada para o ser humano, o metaverso está prestes a dar origem a interfaces homem-máquina inteiramente novas, experiências sensoriais, dinâmicas sociais e construções de mercado. O design do metaverso poderia, portanto, ter implicações bastante abrangentes para o comportamento humano. Ao considerar essas implicações, os líderes empresariais devem aprender com os impactos das inovações tecnológicas anteriores. Vemos um futuro em que novos domínios da experiência humana podem ajudar a desbloquear a empatia, incutir mudanças comportamentais e gerenciar a saúde mental. Haverá também novas oportunidades para se envolver com os clientes. Embora o metaverso ainda esteja emergindo, não é muito cedo para definir os valores e padrões que orientarão seus empreendimentos. Oferecemos três princípios a serem considerados pela liderança.
Leia mais: Como o metaverso mudará nosso comportamento ao remodelar experiências?
Capítulo 2
O que você está fazendo para transformar?
As estratégias de transformação podem variar, mas as bem-sucedidas aproveitam o que nos conecta.
A transformação econômica está no cardápio à medida que as empresas começam a entender o impacto de um mundo cada vez mais conectado. Essas conexões giram em torno de novas formas de contextualizar os dados, buscar a sustentabilidade com base em valor e preservar os efeitos positivos da globalização.
Prepare-se para a inteligência generalizada
Diga adeus ao 5G - estamos entrando na era 6G de um mundo inteligentemente autônomo, sensorial, maciçamente distribuído, mas altamente conectado, combinando nossos sistemas físicos, digitais e humanos. Os dados serão criados em uma escala inimaginável, mudando a forma como nos reunimos, colaboramos, criamos e contextualizamos. Neste mundo de “inteligência generalizada”, as capacidades das empresas e das pessoas serão drasticamente aumentadas, trazendo ganhos de produtividade, eficiência e sustentabilidade. Para aproveitar o poder da inteligência difundida, as empresas precisam criar os modelos de negócios e utilizar os "cases" certos, enquanto trabalham com parceiros do ecossistema para criar as arquiteturas de tecnologia mais adequadas para facilitar esse processo. Esses esforços apresentam uma jornada de vários anos, durante a qual as empresas devem colocar as pessoas no centro de suas transformações, como cocriadoras e beneficiárias. As equipes da EY compartilham quais etapas você deve seguir agora.
Saiba mais: Como as tecnologias emergentes podem romper a aurora da inteligência generalizada
Invista em sustentabilidade
A mudança climática é assunto de todos e as empresas entendem que o setor privado tem um papel importante a desempenhar. No entanto, faz-se necessário um progresso mais rápido e profundo na ação climática para atingir as metas globais e evitar os impactos mais perigosos das mudanças climáticas. A boa notícia é que a ação de sustentabilidade compensa financeiramente: 69% das empresas que pesquisamos relataram maior valor financeiro, como crescimento de receita e ganhos com ações climáticas decisivas. Adotar a sustentabilidade pautada por valor pode ajudar as empresas a extrair mais valor de suas ações climáticas e acelerar a transformação sustentável dos negócios. Oferecemos cinco ações para as empresas adotarem em termos de mensuração, governança, ofertas de produtos e clientes, operações e cadeia de suprimentos e fornecedores. Essas ações variam do incremental ao transformacional – e quanto mais cedo as empresas começam, tanto mais conseguem aprender.
Leia mais: Como a desaceleração das mudanças climáticas pode acelerar seu desempenho financeiro?
Lute pela 'globalização leve'
A geopolítica mudou drasticamente e as perspectivas para o ambiente operacional global são cada vez mais incertas. A ruptura e a volatilidade devem persistir, o que também afetará o crescimento econômico global e a inflação. Navegar em meio a tal incerteza geopolítica requer análise de cenário – a exploração sistemática de múltiplos futuros plausíveis – por isso oferecemos aos CEOs, diretoria e conselhos três etapas para integrar o planejamento de cenários à estratégia de sua empresa. Vemos a necessidade de avaliar as possíveis implicações comerciais e os imperativos estratégicos de quatro cenários plausíveis para o futuro da globalização. Com base na intersecção das relações geopolíticas e das posturas referentes à política econômica dos governos, esses cenários variam desde o isolamento até mercados mais abertos. Mostramos que os CEOs e outros líderes empresariais internacionais desempenham um papel crucial como defensores do mais otimista de nossos cenários – o que chamamos de “globalização leve”.
Saiba mais: O imperativo do CEO: prepare-se agora para a nova era da globalização
Capítulo 3
Como é que você chega à linha de chegada com sucesso?
A transformação é agora uma constante para todas as organizações, mas o sucesso está longe de ser garantido.
Nos últimos anos, houve uma mudança na natureza e no ritmo da transformação. Mas uma coisa se tornou cada vez mais imperativa – o sucesso transformacional mantém os humanos no centro dessa transição.
Obtenha um entendimento ainda melhor de seus consumidores
No momento, a acessibilidade é uma preocupação fundamental para muitos consumidores em todo o mundo. Todavia, não se trata do único problema na cabeça das pessoas e, para muitos, nem é a principal preocupação. Desde março de 2020, acompanhamos o sentimento de cinco grupos distintos de consumidores que priorizam qualquer uma dessas preocupações acima de todas as outras: acessibilidade de compra, sustentabilidade, experiência, bem-estar físico e mental e comunidade. Ao entender o que realmente importa para cada um desses grupos, as empresas podem identificar a melhor forma de abordar o terreno comum que une todos os consumidores, bem como as necessidades exclusivas de cada "tribo". Para isso, oferecemos três formas de atender cada um desses grupos de consumidores.
Saiba mais: Índice do Consumidor Futuro: Cinco tipos de consumidores que você precisa entender
Priorize seu pessoal
Apesar de todos os avanços em tecnologia e aprendizado organizacional, pouco mudou nos últimos 25 anos na forma como as organizações abordam a transformação. Por meio de nossa pesquisa inovadora com a Saïd Business School da Universidade de Oxford, identificamos seis principais impulsionadores para organizações que, juntas, podem fazer transformações com 2,6 vezes mais chances de sucesso. Nossas descobertas sustentam que os fatores complexos que influenciam o sucesso ou o fracasso de uma transformação estão enraizados no comportamento humano – especificamente, nas emoções. Numa transformação bem-sucedida, os líderes investem desde o primeiro momento para criar as condições de sucesso, tanto em nível racional como emocional. À medida que a transformação avança, nossa análise demonstra que a tensão aumenta e a confiança pode diminuir. Mas à medida que a pressão aumenta, o apoio também deve aumentar. Ao planejar e aproveitar adequadamente o poder das pessoas, os líderes podem elevar suas transformações ao próximo nível e estar muito mais preparados para o que vem a seguir.
Saiba mais: Como você aproveita o poder das pessoas para dobrar o sucesso da transformação?
Resumo
As equipes da EY veem 2023 como outro ano imprevisível, e a resiliência será a chave para se obter sucesso. Desde navegar em uma recessão econômica até capitalizar a sustentabilidade pautada em valor, a contenção não é uma opção. Oportunidades para agregar valor abundam à medida que as empresas investem em 6G e inteligência generalizada; tomar ações climáticas sustentáveis e planejar para o novo visual da globalização. Adicionar esses componentes a estratégias e planos de transformação pode resultar em uma organização mais ágil, porém, o verdadeiro sucesso exigirá a adesão de consumidores e colaboradores.
